30/11/2014

Morre Roberto Gómez Bolaños, criador de Chaves e Chapolin




OBRIGADO DOM ROBERTO, PELOS ANOS DE RISOS EM MINHA VIDA. NOS ENCONTRAMOS UM DIA......
PROF. EGON



Comediante morreu aos 85 anos em casa no México.
Ele tinha saúde 'frágil' e vivia com a esposa Florinda Meza em Cancún.


Dono de frases antológicas como "ninguém tem paciência comigo" e "não contavam com a minha astúcia", que marcaram gerações de fãs em toda a América Latina, Roberto Gómez Bolaños, criador dos seriados "Chaves" e "Chapolin", morreu nesta sexta-feira (28) aos 85 anos. Bolanõs foi humorista, escritor, ator, produtor de cinema, televisão e teatro.

A causa da morte, ocorrida às 14h30 (horário do México) em casa em Cancún, não foi confirmada. Em fevereiro deste ano, quandoRoberto Bolaños completou 85 anos, um parente confirmou à agência de notícias Efe que a saúde dele era “frágil” e que ele permanecia quase o tempo todo na cama, com acompanhamento 24 horas por dia.
Segundo a CNN mexicana, o ator Edgar Vivar, que interpretou o Senhor Barriga, disse que o corpo do comediante será levado à Cidade do México, onde será velado.
Edgar Vivar, que interpretou o senhor Barriga em "Chaves", informou à CNN do México que o corpo do comediante será levado à Cidade do México, onde será velado.
linha bolanos (Foto: linha bolanos)
Vivar deu seu depoimento à rede de TV mexicana Televisa (que produziu a maior parte dos programas de Bolaños): "Estou em estado de choque. Não pensei que me fosse afetar tanto. Meu telefone não para de tocar. Um abraço compartilhado com milhões de pessoas do mundo. Vou lembrar dele sempre com sorriso e com ânimo. Temos que agradecer a Deus. Seu bom humor é a maior lembrança."
"Roberto, você não vai, permanece em meu coração e em todos os corações de tantos a quem fez feliz. Adeus Chaves para sempre", disse no Twitter Edgard Vivar.
"Obrigado por fazer tanta gente feliz e por todos os momentos maravilhosos que compartilhamos no grupo. Descanse em paz, Roberto", disse Maria Antonieta de Las Nieves, que interpretou a Chiquinha.
"O México perdeu um ícone, cujo trabalho transcendeu gerações e fronteiras", disse o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.
"Foi um bom companheiro, amigo, irmão e um dos melhores escritores dos últimos tempos no México", disse Ruben Aguirre, que interpretou o professor Girafales.
Trabalho reconhecido no mundo
"Chaves" foi o programa mais visto da televisão mexicana e foi dublado em 50 idiomas, segundo a Televisa.
"Talvez o meu mérito foi conseguir, sem tentar, abordar um ambiente que existe no mundo inteiro", refletiu Bolaños sobre o sucesso de Chaves em uma entrevista à agência de notícias Reuters.
"Trabalhei muito neste personagem, que tem qualidade", explicou ele, "mas a resposta exata eu não sei".
Além disso, Bolaños escreveu roteiros de 50 filmes no México e atuou em 11. No Twitter, ele tinha mais 6 milhões de seguidores.
Trajetória
Roberto Bolaños tirou seu apelido do dramaturgo William Shakespeare, cujo diminutivo em espanhol era "Chespirito". Há alguns anos, ele se mudou para Cancún, no México, junto com a mulher Florinda Meza, a Dona Florinda da série.
Bolaños nasceu na Cidade do México em 21 de fevereiro de 1929. Estudou engenharia, mas nunca exerceu a profissão. Praticou boxe e era um fanático torcedor do clube de futebol América. Começou sua carreira profissional na publicidade, onde começou a trabalhar em roteiros.
Casou-se pela primeira vez com a escritora Graciela Fernández, com quem teve seis filhos. Só em 2004 oficializaria seu casamento com a atriz Florinda Meza, a Dona Florinda.
Aos 80 anos, perguntaram a ele sobre a sua relação de décadas com a atriz Florinda Meza. "Já estamos há 30 anos casados", respondeu. "Temos um casamento sólido que só a morte acabará com ele... ou a Shakira!".
Ganhou o apelido de Chesperito do diretor de cinema Agustín P. Delgado por causa do 1,60 de altura.

Foi só em 1968 que começou sua carreira de ator, na emissora TIM, em séries como “Los Supergenios de la Mesa Cuadrada” e “El Ciudadano Gómez”, em espaços de 30 minutos de duração aos sábados.
Foi só na década de 1970 que começaram a ser exibidos as séries que fizeram de Bolaños um gigante do humor: "Chespirito", "Chapolin" e "Chaves". A partir de 1973, quase todos os países da América Latina tinha na programação de TV episídios dos programas.
O jornal mexicano "Excelsior" cita a seguinte declaração de Bolaños a um TV espanhola sobre seu personagem mais famoso no Brasil: "Chaves, ainda que carecendo de quase tudo, é otimista, aproveita a vida, brinca, se emociona e tem o maravilhoso dom que é a vida"
No começo da década de 1990, Bolaños decidiu aposentar "Chaves" e "Chapolin" e resolveu apostar em "Los Caquitos", em que interpretava o ladrão Chómpiras (que ganhou no Brasil o nome de Chaveco).
Chaves era um dos personagens e segmentos do programa "Chespirito" que começou a ser exibido no México em 1971. O primeiro capítulo de "El Chavo del Ocho" (como era conhecido o personagem nos outros países de língua espanhola) foi transmitido em 20 de junho de 1971.
Rubén Aguirre contrancena com Roberto Bolaños em episódio de 'Chapolin' (Foto: Divulgação/SBT)Rubén Aguirre contrancena com Roberto Bolaños em episódio de 'Chapolin' (Foto: Divulgação/SBT)
O sucesso das histórias do menino sardento de 8 anos que vive dentro de um barril foi tanto que seu programa era transmitido para quase todos os países da América Latina já em 1973. Chaves foi dublado para mais de 50 idiomas e transmitido em países distantes do Tailândia, China, Japão e Grécia.
A série foi produzida originalmente entre 1971 e 1980, como programa independente, e entre 1980 e 1992 como esquete do programa de variedades "Chespirito", que Bolaños estrelou na rede de TV Televisa. Foram mais de 300 episódios, segundo a rede Televisa.
A série "Os Simpsons" homenageou Bolaños com o personagem Pedro Chespirito, que aparece sempre vestido de abelha e fala frases em espanhol.
Roberto Gomes Bolaños durante apresentação da fundação Chespirito na Cidade do México em 2008 (Foto: Francisco Vega/AFP)Roberto Gomes Bolaños durante apresentação da fundação Chespirito na Cidade do México em 2008 (Foto: Francisco Vega/AFP)
Roberto ficou conhecido no México pelo nome de Chespirito. Mas foram os programas "Chaves" e "Chapolin", ainda exibidos pelo SBT, que ficaram mais famosos no Brasil.
Distante da televisão, Bolaños explorou a sua veia literária com um livro de poemas e uma autobiografia, "Sem Querer Querendo".
Em um dos seus livros, "O Diário de Chaves", revela alguns dos mistérios da série. Ele conta, por exemplo, que Chaves não morava dentro de um barril, mas no apartamento número oito, e que o recipiente era apenas para se esconder quando estava triste ou era perseguido.
Casados na vida real, Florinda Meza e Roberto Bolaños interpretavam Dona Florinda e Chaves (Foto: Divulgação)Casados na vida real, Florinda Meza e Roberto Bolaños interpretavam Dona Florinda e Chaves (Foto: Divulgação)
Apesar de ter vivido em concubinato com Florinda por 27 anos, os valores de Bolaños eram conservadores. Inclusive, chegou a participar de uma campanha contra a legalização do aborto na Cidade do México.
Nunca escondeu suas convicções políticas e apoiou a campanha do conservador Vicente Fox, cuja eleição em 2000 rompeu com mais de 70 anos de governo do Partido da Revolução Institucional.
Apaixonado por futebol, Bolaños chegou a se encontrar com o astro argentino Diego Maradona, que o agradeceu por tê-lo divertido com os seus personagens e ele aproveitou para retribuir por tê-lo deleitado com suas proezas dentro do campo.



26/11/2014

Ferrovias do Holocausto




As Ferrovias do Holocausto foram utilizadas por nazistas para transportar forçadamente os judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Após a Primeira Guerra Mundial, cresceu politicamente na Alemanha um homem chamado Adolf Hitler  que, embora tenha sido preso por alguns anos, conquistou a população que enfrentava grandes dificuldades. A década de 1930 foi marcada pelas consequências da crise de 1929 e do primeiro conflito internacional, que colocaram os alemães em situação de verdadeira miséria. Adolf Hitler conquistou o público com seu carisma e conseguiu unir a população pelo reerguimento da Alemanha. Um dos pontos centrais de seu discurso era sobre livrar o país das más influências do povo judeu. Quando a Segunda Guerra Mundial começou, este ataque se tornou mais direto e mortal. Os judeus na Alemanha e nos países ocupados pelos germânicos foram perseguidos militarmente e levados para os chamados campos de concentração, onde trabalhavam à força, eram cobaias de experiências científicas e, geralmente, acabavam mortos por consequência da tratamento ou mesmo por métodos diretos de extermínio.
O extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial ficou conhecido na história como Holocausto, embora seja um termo discutível e que os judeus também não gostam de utilizar. O fato é que esse extermínio ou Holocausto foi capaz de existir com números tão impactantes por causa das chamadas Ferrovias do Holocausto, pois eram elas que transportavam os prisioneiros dos campos até os campos de extermínio que tinham capacidade para matar em larga escala.
O nazismo necessitava de um meio de transporte que permitisse o deslocamento de prisioneiros em massa, especialmente a partir de 1942. Antes disso, os esquadrões móveis nazistas já eliminavam judeus pelos territórios que passavam, mas a Conferência de Wannsee determinou que os judeus seriam levados para os campos de concentração, onde passariam por situações opressivas e exploratórias ainda antes de morrer. Os judeus foram aprisionados na Alemanha e nos territórios que os nazistas ocupavam e eram deportados pelas ferrovias para, sobretudo, a Polônia. Há de se ressaltar, todavia, que o governo alemão escondia o propósito real dessa deportação, alegando que se tratava de um recenseamento no Oeste. As vítimas, por sua vez, eram informadas de que estavam indo para campos de trabalho. Nesse processo todo, as ferrovias foram fundamentais para que os alemães exterminassem mais de seis milhões de judeus.





A frequência dos trens nas Ferrovias do Holocausto começou a reduzir a partir do desembarque aliado na Normandia e das incursões do Exército Vermelho nos territórios ocupados pelo nazista no leste europeu. Assim foi até o fim da utilização desses trens. Os nazistas ainda utilizaram a caminhada para o extermínio, na qual os judeus eram obrigados a marchar até os campos e ainda serviam de proteção no caminho. Mas a guerra já estava perto do fim e os alemães estavam encurralados. Os nazistas tentaram manter os prisioneiros judeus o máximo de tempo possível para utilizá-los como moedas de troca por alemães capturados, porém a situação já não permitia mais conquistas da Alemanha, que terminou derrotada no conflito.

Ladrões furtam sapatos de judeus vítimas do Holocausto na Polônia


Roubo ocorreu no ex-campo de concentração de Majdanek, hoje museu, onde 78 mil foram enviados para câmaras de gás

BBC
Oito sapatos que pertenceram a judeus vítimas do Holocausto foram furtados de um ex-campo de concentração transformado em museu na Polônia.
O crime aconteceu no museu de Majdanek, perto de Lublin, entre 18 e 20 de novembro, segundo a polícia.
Outros itens já haviam sido levados do museu no passado, como cinzas de vítimas e o chapéu que foi usado por um prisioneiro.
Mais de 78 mil pessoas foram enviadas para as câmaras de gás de Majdanek, construído pelos nazistas em 1941 e abandonado em 1944.
O furto foi descoberto por um empregado do museu, que descobriu que uma tela que protege 56 mil sapatos havia sido cortada.



Um porta-voz da instituição disse que a exibição da qual os objetos foram roubados tem o objetivo de mostrar aos visitantes a escala dos crimes cometidos pelos nazistas.Prejuízo histórico
Ele afirmou que o furto foi "uma grande perda para o museu", uma vez que os itens têm "um grande valor histórico".
Em 2013, o chapéu usado por um prisioneiro judeu foi roubado de Majdanek, mas o item acabou sendo recuperado pela polícia federal americana, o FBI, quando o ladrão tentou vendê-lo na internet.
Cinzas de vítimas do crematório do campo de concentração também foram roubadas em 1989, mas nunca foram encontradas.
Em outubro, um portão de ferro que continha o slogan nazista "Arbeit Macht Frei" ("o trabalho liberta") foi roubado do ex-campo de concentração de Dachau, na Alemanha

21/11/2014

O PT, apesar da vitória, está desesperado. Sentiu que ganhou por muito pouco, mesmo abusando da máquina estatal, fazendo terrorismo eleitoral, campanha difamatória abjeta, etc. Sabe que a economia vai piorar com a gestão de Dilma e que em 2018, se ela chegar até lá, a derrota será inevitável. Até porque a oposição acordou, e o PT perdeu o monopólio das ruas.
É isso que o partido não engole de jeito algum. Sempre teve militantes a soldo prontos para tomarem as ruas com seus protestos orquestrados pela cúpula partidária. Agora, vemos manifestações espontâneas tomando as ruas e pedindo mais investigações, eventualmente até mesmo o impeachment se ficar comprovada a participação de Dilma no Petrolão.
Furiosos, aloprados, irascíveis, e dando vazão ao seu ímpeto golpista e revolucionário, o PT resolveu apelar e convocar sua militância às armas. Isso mesmo: às armas! Mas golpistas somos nós, que lutamos para preservar a democracia e o estado de direito. Vejam com seus próprios olhos:






A campanha, colocada nas redes sociais da legenda na manhã desta terça-feira. A mensagem postada com o título “Militância, às armas” no perfil oficial do Partidos dos Trabalhadores no Facebook afirma que a vitória da presidente Dilma Rousseff “revelou o desespero de setores que insistem em ignorar a vontade da população”. E que os “representantes do atraso” estariam tentando manter o acirramento para desestabilizar o segundo mandato da presidente reeleita no último dia 26 de outubro com 51,64% dos votos.
[...]
Nos últimos 10 dias, mais 185 mil menções pedindo a retirada da presidente do cargo foram registradas nas redes sociais. Na segunda-feira após as eleições, 35.983 menagens nas redes sociais pediam a assinatura de uma petição online pra pedir impeachment. Ontem, foram mais de mil menções.
Quem revelou o desespero foi o PT, que não admite oposição nas ruas, pois as considera sua propriedade exclusiva. O PT quando era oposição ia às ruas pedir impeachment de Collor e a saída de FHC. Por que não podemos fazer isso agora? Só porque o PT está no governo e é a bola da vez? Mesmo sendo o partido que se mostrou o mais corrupto de todos?
Não aceitamos essas ameaças, essa tentativa patética de intimidação. Sabemos do que os petistas são capazes, mas por isso mesmo vamos continuar nas ruas, protestando, demandando investigações, exigindo nossos direitos e o pleno funcionamento da nossa democracia.
É por termos plena consciência de o que é o PT e o que ele deseja que estamos dispostos a lutar, com as armas republicanas, contra o golpe almejado por aqueles que querem pegar em armas para defender a corrupção. Não passarão!


20/11/2014

OPERAÇÃO LAVA JATO

O que é
Deflagrada em 17 de março pela Polícia Federal (PF), a operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio.
A Petrobras está no centro das investigações da operação, que apontou dirigentes da estatal envolvidos no pagamento de propina a políticos e executivos de empresas que firmaram contratos com a petroleira.
Entre os delitos cometidos por supostos "clientes" do esquema de movimentação ilegal de dinheiro estão tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos.
Onde
A Lava Jato expediu mandados de prisão e de busca e apreensão em Curitiba (PR) e outras 16 cidades paranaenses, só na primeira fase da operação, em março. Os agentes federais também cumpriram ordens judiciais em outras seis unidades da federação: São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Na etapa de novembro da operação, houve mandados de prisão, busca e apreensão e ações coercitivas no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal.
Presos
A operação Lava Jato já levou à prisão do doleiro Alberto Youssef, que foi apontado como chefe do esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também foi preso, na etapa inicial da operação, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ele é investigado devido à compra, pela estatal, da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), sob suspeita de superfaturamento.

Em novembro, quase oito meses a pós a deflagração da operação, mais de 20 pessoas foram presas, incluindo o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. A maior parte dos presos nesta etapa da Lava Jato são executivos de empreiteiras que possuem contratos firmados com a Petrobras.

Na lista dos que já foram presos em outras etapas da operação também estão, por exemplo, pessoas que seriam subordinadas a Alberto Youssef, responsáveis por gerenciar o dinheiro do doleiro.
Petrobras
As investigações da PF revelaram uma suposta ligação entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa com o esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Yousseff. Costa admitiu à polícia que recebeu um carro de luxo avaliado em R$ 250 mil do doleiro, mas alegou que o veículo foi dado em pagamento por um serviço de consultoria. Costa disse que já estava aposentado da Petrobras à época do recebimento do carro. No entanto, ele reconheceu que conhecia Youssef do período em que ainda estava na estatal brasileira. Costa foi preso em 20 de março enquanto destruía documentos que podem servir como provas no inquérito.
Em outubro, ao prestar depoimentos à Justiça Federal, Costa revelou o esquema de pagamento de propina na Petrobras que, segundo ele, era cobrada de fornecedores da estatal e direcionada para atender a PT, PMDB e PP. Os recursos teriam sido usados na campanha eleitoral de 2010. Os partidos negam.  Segundo Costa, as diretorias comandadas pelos três partidos recolhiam propinas de 3% de todos os contratos.
Segundo o ex-diretor, a operação teve início em 2006, quando, segundo ele, se formou um cartel entre grandes empreiteiras para prestação de serviços à Petrobras e para  obras de infraestrutura, como a construção de hidrelétricas e aeroportos. Em outubro, Costa teve acordo de delação premiada homologado pela Justiça, o que pode contribuir para a redução de sua pena em caso de condenação.
O mesmo tipo de acordo está sendo negociado por Aberto Youssef, que tem prestado depoimentos à Justiça federal e dado informações sobre quem participava do esquema dentro de partidos.
Costa Global
Documentos obtidos pela PF apontam que Costa pode ter recebido depósitos milionários do doleiro na conta de uma de suas empresas, a Costa Global. Um dos papéis, uma planilha de valores, seria uma contabilidade manual da empresa do ex-dirigente da estatal do petróleo. A planilha detalha valores em reais, dólares e euros recebidos entre novembro de 2012 e março de 2013.

Reportagem veiculada no programa Fantástico, em 13 de abril, mostrou o conteúdo de uma dasplanilhas da Costa Global apreendidas pela PF. Os documentos mostram que o ex-diretor mantinha um controle detalhado de todas operações que ele intermediava entre a Petrobras, empreiteiras e fornecedores. Numa das planilhas obtidas pelo Fantástico, aparece ao lado do nome das empresas a porcentagem que o ex-diretor da Petrobras receberia caso conseguisse contratos para elas. Em muitos casos, a comissão é de 50%.
Deputados envolvidos com Youssef
A apuração da PF também trouxe à tona indícios de ligação entre Alberto Youssef e o deputado federal André Vargas (sem partido-PR). Conforme investigações da PF, os dois atuaram juntos para fechar um contrato milionário entre uma empresa de fachada e o Ministério da Saúde. Além disso, o parlamentar do Paraná reconheceu que, em janeiro, viajou para João Pessoa (PB) em um jatinho emprestado pelo doleiro.


Vargas alegou que conhece Youssef há mais de duas décadas e que não há irregularidades na sua relação com o doleiro preso pela operação Lava Jato. Pressionado pelo próprio partido em razão das denúncias, Vargas renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara e se desfiliou do PT. Ele também se tornou alvo de processo por quebra de decoro no Conselho de Ética da Câmara, que aprovou parecer que pede sua cassação. A perda do mandato de Vargas ainda precisa ser analisada pelo plenário da Câmara.
O deputado Luiz Argôlo (SD-BA) também se tornou alvo das investigações da PF devido à relação com Alberto Youssef. Foram analisadas 1.411 mensagens de celular entre os dois, de setembro do ano passado a março deste ano. Segundo a PF, a linha usada pertence à Câmara dos Deputados.
No relatório, a PF conclui: "os indícios apontam que o deputado tratava-se de um cliente dos serviços prestados por Youssef, por vezes repassando dinheiro de origem aparentemente ilícita, intermediando contatos em empresas, recebendo pagamentos, inclusive tendo suas atividades operacionais financiadas pelo doleiro".
Em outubro, o Conselho de Ética da Câmara aprovou parecer que pede a cassação do mandato de Argôlo por considerar ter havido “tráfico de influência, prática de negócios e pagamentos ilícitos”. O parlamentar nega as acuações. O relatório ainda precisa ser votado pelo plenário da Câmara.