Grandes Navegações
Navegações portuguesas, pioneirismo português, Vasco da Gama
e a chegada às Índias, instrumentos de navegação, bússola, astrolábio,
descobrimentos marítimos, viagem de Cristovão Colombo, viagem de Pedro Álvares
Cabral, Escola de Sagres e as Caravelas.
Introdução
Durante os séculos XV
e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos
Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova
rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou
conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.
Os objetivos
No século XV, os países europeus que quisessem comprar
especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que
recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes
produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os
burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente.
O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar
Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias
era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam
muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com
este interessante comércio.
Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta
época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles
queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não
encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste
empreendimento, pois, significaria novos fiéis.
Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram
grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio,
poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais
dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais
em absolutismo e mercantilismo).
Pioneirismo português
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI
devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande
experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito
Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do
período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal
contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da
burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia
gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os
portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A Escola de
Sagres.
Planejamento das Navegações
Navegar nos séculos
XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de
mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e
pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por
monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e ,
portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande
abismo.
Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema
importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como,
por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos
utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido
e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem
naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes
quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros,
soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o
que acontecia durantes as viagens.
Navegações portuguesas e os descobrimentos
No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes
navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias.
Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e
pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao
retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias,
renderam lucros fabulosos aos lusitanos.
Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral
ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra
"descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a
principal potência econômica da época.
Navegações Espanholas
A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste
período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os
portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram
por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado pela Espanha,
pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas
espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo
tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a
existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas
da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi
somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas
terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato
com os índios da América (maias, incas e astecas), os espanhóis começaram um
processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de ouro.
Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis destruíram
suas culturas.
Indicação de filme sobre o tema:
- 1492 A CONQUISTA DO PARAÍSO, Estados Unidos, 1992, 154
minutos
Diretor: Ridley
Scott.
Temas: Grandes
Navegações e Descobrimentos Marítimos, Inquisição e Chegada dos espanhóis à
América.
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