Morre aos 70 anos o cantor e guitarrista de blues Johnny Winter
Ele estava em hotel no Suíça, diz comunicado; causa não foi divulgada.
Músico era considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos.
Morreu nesta quarta-feira (16), aos 70 anos, o cantor e guitarrista de blues Johnny Winter. A informação foi publicada nesta quinta-feira (17) no perfil oficial do músico no Facebook. De acordo com a nota, o artista americano estava num hotel em Zurique, na Suíça. A causa da morte não foi divulgada.
"Sua esposa, família e parceiros de banda estão todos tristes com a perda de um ente querido e de um dos melhores guitarristas do mundo. Um comunicado oficial com mais detalhes deve ser emitido no momento apropriado", diz o texto.
"Sua esposa, família e parceiros de banda estão todos tristes com a perda de um ente querido e de um dos melhores guitarristas do mundo. Um comunicado oficial com mais detalhes deve ser emitido no momento apropriado", diz o texto.
Considerado uma lenda do blues, Johnny Winter lançou seu primeiro disco, "The progressive blues experiment", em 1968. Seu perfil informa que ele foi eleito um dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos numa votação da revista americana "Rolling Stone".
O site oficial destaca que Winter chamava atenção por combinar o blues de estilo clássico com o funk do Texas, "constantemente transitando entre o country blues primal no estilo de Robert Johnson" e guitarras agressivas. Cita como referências, ainda, o blues rock britânico e o rock sulista dos Estados Unidos, característico de bandas como Allman Brothers e Lynyrd Skynyrd.
Ao longo da carreira, Winter lançou cerca de 40 álbuns de estúdio, segundo o perfil. Também produziu e colaborou com dois de seus ídolos, Muddy Waters e John Lee Hooker, dando um novo impulso às suas carreiras. No final dos anos 1970, Winter produziu e tocou em discos de Waters que foram premiados com o Grammy. O veterano costumava chamar o pupilo de "filho".
B.B. King
Johnny Dawson Winter III nasceu em Beaumont, no Texas, em 23 de fevereiro de 1944. Começou a tocar clarinete com cinco anos de idade e mais tarde mudou para o ukelele e finalmente para a guitarra. Entre 1953 e 1959, formou uma dupla com o irmão mais novo, Edgar, no estilo dos Everly Brothers. Os Winters ganharam concursos de jovens talentos e chegaram a aparecer em programas na TV local.
Johnny Dawson Winter III nasceu em Beaumont, no Texas, em 23 de fevereiro de 1944. Começou a tocar clarinete com cinco anos de idade e mais tarde mudou para o ukelele e finalmente para a guitarra. Entre 1953 e 1959, formou uma dupla com o irmão mais novo, Edgar, no estilo dos Everly Brothers. Os Winters ganharam concursos de jovens talentos e chegaram a aparecer em programas na TV local.
O perfil cita que Beaumont naqueles tempos era uma cidade marcada por tensão racial. Apesar disso, informa o texto, o jovem Johnny Winter "não hesitava em se aventurar nos bairros negros para ouvir e tocar música". "Nunca aconteceu nada comigo. Eu ia a clubes negros o tempo inteiro, e ninguém nunca me incomodou. Sempre me senti bem-vindo", lembrou-se o músico.
Uma das histórias que o site destaca ocorreu em 1962, quando Johnny e Edgar foram assistir a um show de B.B. King num clube chamado Raven. Os irmãos eram os únicos brancos na plateia.
"Eu tinha uns 17 anos, e B.B., no primeiro momento, não queria me dexiar subir no palco. Ele me perguntou se eu tinha um cartão de sócio, e eu tinha. Além disso, eu continuava pedindo às pessoas para dizerem para ele me deixar tocar", recordou Winter.
"Finalmente, ele decidiu que havia gente o suficiente que queria me ouvir, e que, sendo eu bom ou não, valia a pena me chamar para o palco. Ele me deu a guitarra e me deixou tocar. Fui aplaudido de pé, e ele pegou a guitarra de volta!"
"Eu tinha uns 17 anos, e B.B., no primeiro momento, não queria me dexiar subir no palco. Ele me perguntou se eu tinha um cartão de sócio, e eu tinha. Além disso, eu continuava pedindo às pessoas para dizerem para ele me deixar tocar", recordou Winter.
"Finalmente, ele decidiu que havia gente o suficiente que queria me ouvir, e que, sendo eu bom ou não, valia a pena me chamar para o palco. Ele me deu a guitarra e me deixou tocar. Fui aplaudido de pé, e ele pegou a guitarra de volta!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário