Ah! O tempo das
quadrilhas... Que coisa boa era participar de uma boa festa junina onde as
apresentações das quadrilhas eram sempre o auge da festa. Para os desavisados,
quadrilha nada tem a ver com essas que geralmente são formadas para prática do
mal... Sinto saudades, como muitos também sentem, da dança que se originou na
Holanda e que teve fortíssimas influências de portugueses e açorianos... Entretanto,
foi na França, durante o século 18, que as quadrilhas mais fizeram sucesso,
recebendo o nome de Neitherse...
Mas se engana que as quadrilhas eram compostas por dançarinos que se
vestiam com roupas remendadas e usavam chapéus de palha. Pelo contrário, quem
dançava quadrilha eram a burguesia e a aristocracia. Homens e mulheres usavam
vestes luxuosas, lenços e leques. Essa dança original recebeu o nome de
“quadrilha de salão”, chegando ao Brasil no início do século XIX com a Corte
Portuguesa. Logo, a quadrilha saiu dos palácios e caiu no gosto do povão...
Para o homem e a mulher simples, imitar os costumes da Corte era ter uma noite,
dependendo da personagem da quadrilha, de nobre!
A “quadrilha de salão” tem várias personagens, como: viúvos, noivos,
florista/floricultor, sinhozinhos, xodó, sinhá moça e sinhô moço, padre, rei, príncipes
(geralmente 2 a 3 casais), marcador, puxador e narrador. No Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Nordeste ainda faz muito sucesso esse tipo de quadrilha.
Mas, se a quadrilha original era uma dança dos salões das nobrezas
holandesa, francesa e portuguesa, qual o motivo da quadrilha que conhecemos ser
a “caipira”?
A maioria dos cientistas sociais concordam que a expansão urbana contribuiu
muito para isso! No início do século 19 estava “na moda” o Evolucionismo... Foi
nesse sentido que quem era da cidade zombava de quem era do campo... Já
perceberam que as quadrilhas caipiras mostram o povo do interior da maneira
mais grosseira possível? Os dançarinos, ao contrário dos originais, usam roupas
rasgadas ou remendadas, fazem caras e bocas (boca contendo dentes podres, por
sinal), usam maquiagens caricatas e tudo, absolutamente, tudo dá errado! Até o
padre é bêbado! “Pá acabá!”
Com o sertanejo na moda, o crescimento econômico do interior e a
popularização dos meios de comunicação, não dá mais pra imaginar o povo do
interior dessa maneira, né? Contudo, ainda que a quadrilha caipira seja uma
zombaria com os moradores das áreas rurais, é menos pior que as quadrilhas que
se popularizam pelo nosso Estado!
Excelente texto. Quando li as ultimas linhas, fui obrigado a dar uma boa risada. mas concordei com as quadrilhas modernas. kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirNo antigo Egito eles não tinha facebook youtube blogs eles também acreditava em vários deuses e também tinha a escrita eles também acreditava no alá.
ResponderExcluirrian henrique